20 julho 2014

A revolta do Prêt-à-Porter – Blogueiros que ditam “Moda”


Muitas vezes você pode parar e se perguntar, como é a faculdade de Moda? O que um profissional faz? Ele tem blog? Dita tendência? Usa look do dia e folheia revistas tipo Vogue? Respostas para essas perguntas existem, mas uma determinada classificação para pessoas que não “entendem” do assunto. Não, são apenas respostas que podem ser encaixadas em qualquer categoria ou modo de pensar, de acordo com o mercado, claro.

Não vou ser hipócrita e dizer que quem faz uma universidade de Moda são pessoas intelectuais, com uma boa formação, pessoas cultas e maduras o suficiente, essas pessoas existem, mas são uma minoria. Com certeza você já deve ter visto uma pessoa, ou até conhecer alguém que faz moda e vive de fazer look do dia, ditar “tendência”, querer ser influenciadora, ganhar coisas a custos de empresas e se autopromover, isso existe, acontece e não vamos nos livrar de coisas assim tão cedo, a não ser fazendo uma revolução que também vai demorar um pouco.

Quando eu comecei o curso me surpreendi que ele fosse além do que se pode pensar, as matérias são muito mais complexas e completas, quando não são divididas em duas até três etapas. Coisas que um estudante vai aprender: história da Moda, história da Arte, desenho, corte e costura, modelagem, tecelagem, design, marketing, comunicação, comportamento de compra e consumo, sustentabilidade, fotografia, produção e projetos integrados.



Ai eu paro, vejo uma blogueira (o) consideravelmente “influente”, falando coisas que desvalorizam a formação de um profissional ou de uma pessoa que estuda por conta própria, para promover marcas e roupas de forma inexato, visando fazer com que seus “seguidores” (eles se importam muito mais com isso) faça o consumo dessas peças. Mas poxa, eles são famosinhos da internet, tem muitos seguidores, são ditadores. Não, eles não são nenhuma dessas categorias atrás, eles são pessoas que tem um nicho de público que se inspira (muitos cópia) no seu modo de vida, que não é igual o de todos. Utilizam o termo “tendência” de forma pessoal e incorreta para fazer a promoção de produtos, que por sinal acabam gerando um conteúdo sem sal, vendido e com baixa qualidade.

Fazer um blog de moda todo mundo pode, qualquer um, mas fazer e entender do assunto também são pessoais, eu posso estar cursando uma faculdade, fulano pode estar fazendo economia, mas gosta de moda, lê sobre e faz conteúdos relevantes. É aquela famosa questão, uma coisa é você saber e se aproveitar de maneira saudável e correta, outra é você não saber, querer se autopromover e fazer um conteúdo de péssima qualidade. Então antes de querer tratar qualquer assunto, seja ele qual for, pense primeiro em quem vai ler, pois são pessoas e você pode interferir no modo de pensar, viver delas (e) diretamente, e se quer tratar de um assunto que não domina feat entende, pesquisa, busca, procura saber mais. De coisas irrelevantes a internet e muitos blogs estão cheios, que tal fazer a diferença e mostrar que você sim tem conteúdo?! :D

Se você acredita que o curso de Moda é a sua cara, procure as universidades que oferecem o curso, veja grade curricular, converse com professores e alunos, veja o nicho de mercado no qual você quer atuar, e não precisa ter talento para se estudar moda, e sim dedicação, força de vontade e muita, mas muita vontade de aprender. Se tiver alguma dúvida quanto ao curso e a área só perguntar nos comentários. 

5 comentários:

  1. Oi!
    Gostei do texto, eu compreendi exatamente o que você quis transmitir! O fato é que moda é arte e muitos se esquecem disso (infelizmente).
    Beijos!

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    1. Hoje em dia muitas coisas perdem o valor por quem desvaloriza tal ação! Isso que é chato e descredita quem realmente faz com amor e carinho algo que realmente gosta.

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  2. Palmas para esse seu texto <3

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  3. Concordo com muita coisa que você disse. A quantidade de blogs sobre moda é absurda e às vezes é questionável mesmo se a pessoa tem conhecimento para ficar falando. Fica parecendo, para quem não conhece a profissão (os do outro lado da moeda), um curso de pouco valor, pois a maioria das pessoas que "gosta" de moda quer bancar de estilista.

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